A madrugada de sábado (21) marcou um novo e perigoso capítulo na já delicada geopolítica do Oriente Médio. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou com tom triunfante o ataque às principais instalações nucleares do Irã — uma ofensiva aérea e naval realizada em parceria com forças israelenses. Com isso, os EUA entram oficialmente em confronto direto com Teerã, elevando o risco de uma guerra aberta de proporções globais.
O Irã respondeu com fúria. O porta-voz militar Ebrahim Zolfaqari declarou: “Senhor Trump, o apostador, você pode começar esta guerra, mas seremos nós que a terminaremos.” Já o Parlamento iraniano autorizou o fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial, o que levou os mercados globais a reagirem com pânico e fez o preço do barril de Brent ultrapassar os US$ 85.
A ofensiva americana teve como alvos as centrais nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan — consideradas estratégicas para o programa nuclear iraniano. Bombas anti-bunker lançadas por aviões B-2 Spirit e mísseis Tomahawk disparados de submarinos foram usados nos bombardeios. Israel, por sua vez, teria neutralizado sistemas de defesa iranianos com drones e ciberataques simultâneos.
Trump, em pronunciamento, descreveu a ação como “um sucesso militar espetacular”. Ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, declarou: “Se o Irã quer paz, terá. Se quiser guerra, também saberemos como responder.”
Além da retórica agressiva, o Irã prometeu retaliar “no tempo certo e com força total”. Analistas do Oriente Médio alertam que essa retaliação pode vir por meio de milícias aliadas como o Hezbollah, ou até com ataques diretos a bases americanas na região. O general Amir Hatami, comandante das Forças Armadas iranianas, afirmou que “os EUA pagarão um preço alto por sua arrogância”.
Internamente, o clima é de mobilização nacional. Milhares de iranianos saíram às ruas em protesto e foram registrados atos de queima de bandeiras americanas em Teerã e Qom. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como “um crime contra a soberania iraniana” e acusou Washington de “terrorismo de Estado”.
Na ONU, uma reunião emergencial foi convocada para tentar conter a escalada. França, Alemanha e Reino Unido condenaram o ataque e alertaram para o risco de uma guerra regional com impacto global. A União Europeia defendeu uma “janela diplomática de duas semanas” para negociação. China e Rússia, aliados indiretos do Irã, acusaram os EUA de desestabilizar o equilíbrio global e prometeram apoio político a Teerã.
Enquanto isso, o preço do petróleo disparou e bolsas de valores em todo o mundo operaram em queda. O fechamento do Estreito de Ormuz, ainda que parcial, poderá afetar drasticamente o suprimento energético da Ásia e da Europa.
A decisão de Trump surpreendeu parte do Congresso, que não foi consultado previamente. Aliados do ex-presidente comemoraram a demonstração de força, mas figuras da ala conservadora e até ex-assessores, como Steve Bannon, alertaram para os riscos de um novo “atoleiro no Oriente Médio”. "Trump pode ter cometido o erro que prometeu jamais repetir: iniciar uma nova guerra americana no exterior", criticou o senador Rand Paul.
Apesar da intensidade dos ataques, analistas internacionais ponderam que o objetivo imediato dos EUA pode ter sido dissuadir o Irã de avançar em seu programa nuclear, e não provocar um conflito total. No entanto, a resposta iraniana poderá ditar o rumo das próximas semanas.
O mundo volta a caminhar na beira do abismo. Trump aposta que força gera respeito. O Irã, porém, afirma que resistirá até o fim. Entre bombas e bravatas, é a diplomacia que precisa, mais do que nunca, sair do silêncio. A pergunta agora é: quem vai dar o próximo passo — e com que consequências?